quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

VIVER


  Um ano é muito tempo quando carecemos que a tristeza diminua.
Um ano é muito pouco para consertarmos os nossos dias e pacificar o nosso coração.
Um ano de inexistência, de viagem sem volta, de descanso de palavras, um ano sem o teu sorriso, sem um sinal, sem nada……… é uma angústia que desfalece o corpo e desassossega a alma.
Um ano que silenciei, que emudeci, que guardei todas as palavras, desabafos e confidências, porque não me ouvias, não estavas aqui e a mais ninguém eu quero partilhar, era só tu e eu.
Um ano, sim, já foi há um ano que foste e a imagem que recordo diariamente e me consome a maior parte do tempo é simplesmente de uma presença tão frágil e dolorosa, nada condizente com a verdadeira. Não consigo atravessar esta ponte que me separa do antes e do presente e à necessidade de continuar de modo “natural”, de seguir em frente e começar a pensar em momentos que vivemos felizes, nas longas e agradáveis conversas, nas risadas, só posso afirmar, ainda é cedo, ainda é muito cedo……. Porque o meu coração está inquieto e ainda chora, não de raiva, mas de saudade………. saudade imensa.

Adoro-te minha querida irmãzinha.

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