domingo, 24 de julho de 2011

Constatação

O Presente, o imediato, o agora, neste instante, o já, será uma certeza? Duvido porque considero que o presente é o resultado do antes, do passado, do antigo, até o futuro, está expressivo na condição de presente. Neste momento, no agora, estamos a testemunhar o passado, ou a surpreender e até alterar o futuro?
Depois desta contradição analiso que o presente não existe a não ser aquele que vem embrulhado e com um grande laço, mas, mesmo esse tem uma breve durabilidade, pois logo que se desata, já é passado e imaginamos de imediato o próximo, portanto o futuro. Desta constatação posso depreender que o presente não existe, mas é sim um estado de presença em determinado momento, que ocorre entre o que foi e o que vai ser. Mas, e os sorrisos inesperados, as lágrimas que não conseguimos conter, os soluços, a voz trémula de emoção, as mãos frias e suadas de ansiedade, as expressões, o olhar preocupado ou apaixonado e o friozinho na barriga? Tudo isto não é presente? É, sem dúvida que sim.
Mas há mais, a resposta ”presente” à chamada do professor para conferir as faltas, isto no passado, pois hoje, para responder à chamada, o aluno necessita apenas de um simples lápis na mão meia elevada e cabeça baixa não carecendo de proferir a palavra que atesta a sua presença. O verdadeiro “presente” é sem sombra de dúvida quando conjugamos o verbo ser, afirmativo, certo, real, quer relativamente ao indivíduo e por complemento aos outros. Eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são, concluem e aprovam a nossa condição de “presente” enquanto sujeito.
O “passado”, esse aconteceu há pouco; foi ontem, dantes, outrora, mas, ao revivermos e lembrarmos de modo tão particular e detalhado determinado momento, acontecimento ou feito, transportamos rapidamente o passado para o presente, logo está mais presente que o próprio “presente”, demos preferência a memórias do passado em sobreposição do presente, facultámos-lhe uma pausa, ficando este no estado de passado, ou será no futuro!
 O futuro é sinónimo de incógnita, de destino, esperança, expectativa, mistério, é o que nos move, nos incentiva e estimula, mas se o futuro é consequência da acção passada, portanto do presente, tudo depende do hoje e do ontem, passado? Estou completamente baralhada ou será que não? Tanto faz, o importante é o que me levou a reflectir sobre tudo isto, passado, presente e futuro. A idade? Talvez seja, mas é e foi seguramente um recordar de bons momentos, conviver e conhecer pessoas extraordinárias ao longo do tempo que nos deixam saudades e um enorme brilho nos olhos que nos faz pensar. É um presente inesperado que não é resultado do passado, mas sim um autentico imprevisto, atado não com um laço mas sim com um difícil nó para desprender. Este presente exige calma, firmeza, competência e eficácia que nos permita desatar e prosseguir no propósito de encontrar o futuro. Futuro que se aguarda sombrio, inseguro, incerto, imprevisível e arriscado. Esperança e alento são necessários para assegurar o futuro. Doutro modo, somos um povo sem presente e consequentemente sem história, impedindo de existir futuro.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ETC

            Esta espressão se é que podemos assim designar ou sigla,  provêm de origem latina  e significa que a frase ou ideia têm continuação, normalmente utilizamos no fim de uma frase e cada indíviduo poderá  continuar consoante as preferências e até modificar o sentido inicial.  Para relatar um episodio podemos iniciar de forma comum e destacar algumas caracteristicas, deixando o leitor pensar como terminar ou acrescentar conteúdo ao documentário, ou informação.
Como exemplo e para especificar vou inumerar algumas características de um ator famoso, George Clooney. Ele é, bonito ,elegante, excelente ator,charmoso, atraente, galá, inteligente, audaz  e como não me ocorre mais adjetivos, coloco ETC.
 Nesta descrição é possível reunir ainda outras competências sobre esta personalidade mas, nada mais conveniente, quando não nos ocorre o que escrever e dispomos de uma sigla que na utilização traduz tudo o que não somos capazes de escrever ou dizer. Desta forma o leitor pode direccionar o registo até onde a sua imaginação o conduzir, o que neste caso em particular, não será difícil traçar adjectivos e atributos. Aqui o ETC leva a supor e conceber conceitos sobre o desconhecido no entanto tão frequente.
 Pessoalmente prefiro ”entre outros” para terminar as frases, pois de outro modo o sentimento que é transmitido é de insuficiência, de incapacidade para descrever o que não conhecemos, de expressar um continuar que não conseguimos exprimir ou evocar ou ainda de que modo vai concluir o texto ou a frase.
Resumidamente quando alguém escreve “ETC” ou está com preguiça ou tem pouco vocabulário.