Um ano é muito pouco para consertarmos
os nossos dias e pacificar o nosso coração.
Um ano de inexistência, de viagem
sem volta, de descanso de palavras, um ano sem o teu sorriso, sem um sinal, sem
nada……… é uma angústia que desfalece o corpo e desassossega a alma.
Um ano que
silenciei, que emudeci, que guardei todas as palavras, desabafos e
confidências, porque não me ouvias, não estavas aqui e a mais ninguém eu quero partilhar,
era só tu e eu.
Um ano, sim,
já foi há um ano que foste e a imagem que recordo diariamente e me consome a
maior parte do tempo é simplesmente de uma presença tão frágil e dolorosa, nada
condizente com a verdadeira. Não consigo atravessar esta ponte que me separa do
antes e do presente e à necessidade de continuar de modo “natural”, de seguir
em frente e começar a pensar em momentos que vivemos felizes, nas longas e
agradáveis conversas, nas risadas, só posso afirmar, ainda é cedo, ainda é
muito cedo……. Porque o meu coração está inquieto e ainda chora, não de raiva,
mas de saudade………. saudade imensa.
Adoro-te
minha querida irmãzinha.